Recuperação econômica

Na última sexta-feira (14) o Banco Central divulgou que a recuperação econômica está acontecendo no país, mesmo diante da pandemia de Covid-19.
No entanto, essa recuperação está sendo parcial e modesta, com alguns setores mais afetados do que outros. Os dados são do boletim regional do Banco Central que analisou resultados de forma setorial em todo o Brasil.
Dessa forma, segundo o BC, a pandemia causou impactos econômicos relevantes, sendo que sua intensidade foi bastante proporcional no Brasil, com exceção da região Centro-Oeste que mostrou efeitos menos intensos.
Recuperação econômica da região Norte
A região Norte, sofreu uma retração de 6,9% entre os meses de março e maio, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central da Região Norte (IBCR-N).
As principais retrações observadas foram no Estado do Pará, com 4,5% e do Amazonas, onde a crise foi ainda pior com retração de 15,2%.
De acordo com o BC, a diminuição das vendas do comércio foram mais acentuadas nessa região quando comparadas com a média do país.
Isso aconteceu porque houve um isolamento social mais intenso, sendo que alguns indicadores sugerem que haverá uma recuperação das vendas em junho e início de julho onde houve uma redução do distanciamento social.
Região Nordeste
A região Nordeste apresentou um recuo de 8% no período, de acordo com o IBCR-NE. Lá o impacto foi distribuído entre várias áreas, sendo que o setor agropecuário ajudou a minimizar a queda.
Pois, como a região passa por um bom momento em relação ao clima, há condições mais favoráveis para o agronegócio, evitando assim quedas maiores.
Além disso, segundo o próprio BC, fora o agronegócio, a abrangência do auxílio emergencial na região também foi favorável para mitigar a crise sanitária.
Os setores mais afetados foram os segmentos industriais ligados ao comércio como vestuário, calçados e o setor têxtil. Ademais, já é observado uma recuperação parcial nos meses de junho e início de julho.
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Recuperação econômica da Região Centro-Oeste
A região Centro-Oeste foi a que apresentou um menor nível de contração da economia. Essa fato se deu por conta da própria estrutura econômica da região.
Pois, a economia de alguns Estados é baseada prioritariamente em atividades agrícolas, pecuária e até mesmo extração mineral em algumas regiões. Também colaborou para isso, o desempenho recorde da safra de soja.
Porém, mesmo com o setor primário mostrando um bom desempenho, as adversidades impostas sobre as atividades de serviços fez cair de modo geral a atividade econômica da região.
No entanto, devido a retomada da economia chinesa, a colheita da segunda safra de milho e a resiliência do setor industrial local, é possível que os próximos trimestres apresentem um bom resultado no Centro-Oeste do Brasil.
Região Sudeste
A região Sudeste teve um recuo muito próximo a região Norte, de 6,6% segundo o IBCR-SE, entre os períodos de março a maio.
De acordo com o Banco Central, a principal região econômica do país, está mostrando uma recuperação nos meses de junho e início de julho.
No entanto, para os próximos meses ainda é muito incerto o ritmo e a sustentação da recuperação, até porque há pouca previsibilidade em relação à evolução da pandemia.
Recuperação econômica da região Sul
Por fim, a região Sul também apresentou uma queda bastante similar a região Sudeste, com recuo de 6,8% segundo o IBCR-S dos meses entre março e maio.
Segundo o Banco Central o cenário é bastante desafiador no sul do país, até pelo severo impacto que aconteceu no mercado de trabalho e pelo tamanho da incerteza sobre a pandemia que continua em ritmo crescente na região.
Portanto, ainda há pouca previsibilidade sobre o crescimento da região Sul visto que outras regiões já estão apresentando queda nos casos de Covid-19 enquanto lá os casos continuam crescendo.
Mas, de modo geral, os próximos meses do ano deverão ser de recuperação econômica, embora ela ainda seja lenta e gradual.
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