Financiamento imobiliário

O sonho da casa própria se tornou realidade para muita gente nestes últimos meses. Afinal, com a taxa selic na mínima histórica e os preços dos imóveis residenciais estáveis, o cenário estava bastante favorável para o financiamento imobiliário.
Entretanto, por conta da inflação que ameaça sair do controle, o Banco Central precisou realizar diversos aumentos consecutivos na taxa Selic, tornando o sonho da casa própria ainda mais caro e distante de muita gente.
Todavia, era esperado que esse período de euforia fosse passar, e que a tendência de alta dos juros fosse chegar para controlar a crescente inflação. Não é para menos que a Taxa Selic saiu de 2% em janeiro para 5,25% no começo de agosto.
Como fica o setor da construção civil?
O setor da construção civil passou novamente por um rápido crescimento após alguns anos de estagnação. A taxa Selic em sua mínima histórica foi um dos impulsionadores do setor, favorecendo assim o financiamento imobiliário.
Todavia, por conta da alta demanda, o preço dos imóveis, assim como dos insumos da construção civil cresceu rapidamente. E para controlar essa inflação o governo viu-se obrigado a aumentar a taxa selic.
Inclusive, tanto para o curto prazo quanto para o médio prazo, a expectativa é que a taxa básica da economia continue subindo, podendo inclusive terminar 2021 em 7,25% ao ano. Diante disso, os bancos já começaram a repassar o custo de captação de recursos para o tomador de crédito.
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Bancos privados já começaram a elevar os juros do financiamento imobiliário
O Santander foi o primeiro banco que começou a aumentar as taxas mínimas do financiamento imobiliário. Elas saíram de 6,99% ao ano para 7,99%. Isso aconteceu antes mesmo da última reunião do Copom que elevou a taxa Selic de 4,25% ao ano para 5,25%.
Na sequência, o Bradesco também fez um pequeno reajuste nas taxas de juros que foram de 6,70% ao ano para 6,90%. Contudo, a Caixa Federal, que tem a maior fatia desse mercado, disse que não pretende aumentar as taxas no curto prazo.
No entanto, o fato de não aumentar a taxa de juros não impede o banco de dificultar o acesso às taxas mais baixas, mesmo que elas não sejam oficialmente aumentadas. Cabe a cada instituição financeira avaliar o risco de cada cliente para definir quais taxas serão aplicadas para ele.
Quem tem histórico de mau pagador é mais penalizado
As pessoas que possuem um score de crédito pior, com histórico de dívidas ou mau pagador, geralmente são mais penalizadas durante o processo de concessão de crédito. E para elas, os juros podem ser ainda maiores.
Por isso, esse é o momento de avaliar com mais cuidado se realmente vale a pena a compra de um imóvel, ou se não compensa pagar aluguel por um tempo e juntar mais dinheiro para aumentar o valor da entrada.
No entanto, é preciso ponderar também que os juros futuros possuem mais peso que a própria Selic no momento dos bancos determinarem as taxas de juros do financiamento imobiliário. E o que se vê é uma alta na expectativa desses juros nos últimos 6 meses.
Um dos impactos que isso pode trazer é fazer com que grande parte da população demore mais para conquistar o sonho da casa própria, ou tenha que recorrer a imóveis mais baratos e em localizações menos privilegiadas.
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