Nova onda de Covid-19

A pandemia de Covid-19 trouxe grandes desafios para os empresários do mundo todo. No Brasil que vinha saindo de um recesso econômico a situação foi ainda pior, pois grande parte dos empresários não possuía caixa para aguentar mais de 30 dias de operação.
Só para ter uma ideia, de acordo com um relatório divulgado pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), as organizações brasileiras terão que quitar dívidas pelos próximos dois anos, com valores que chegam a até 45% do seu lucro líquido.
Entre os sete países emergentes que foram analisados, este foi o maior índice apresentado. No entanto, se o problema parece ser difícil, ele pode se tornar ainda pior em caso de uma nova onda de Covid-19 obrigar o fechamento das empresas.
Nova onda poderá massacrar as empresas
De acordo com o Grupo de Pesquisa Interdisciplinar Ação Covid-19, o Brasil poderá viver uma nova onda de Covid-19 entre abril e setembro de 2022. O Grupo leva em consideração a queda da imunidade da vacina e a rápida proliferação da variante Delta.
Para conter essa proliferação é bem provável que como medida de prevenção, novas restrições serão impostas neste período, o que poderá agravar ainda mais a situação de algumas empresas, principalmente as mais fragilizadas.
Segundo Douglas Duek, economista e CEO da Quist Investimentos, uma nova onda de coronavírus está surgindo em países que se vacinaram primeiro, como Israel e algumas regiões da Europa. E ela deverá chegar ao Brasil no próximo ano.
“Essa terceira onda pode chegar ao Brasil, e impactar muitas empresas, que já estavam sem fôlego e sem ‘gordura’ para enfrentar mais um período de fechamento ou de restrição de horários. Isso pode ser ainda pior para redes de varejo, que já estão em extrema dificuldade pelas ondas passadas”, afirma Duek.
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Crise pode impactar o setor de investimentos tradicionais
Nessa atual conjuntura a crise pode impactar de forma ainda mais direta o setor de investimentos, uma vez que a confiança estará abalada. E isso tende a ser tanto em âmbito nacional quanto em âmbito internacional.
Douglas Duesk ainda esclarece que durante um ano e meio de pandemia algumas medidas ajudaram a mitigar a crescente falência, como a suspensão da folha de pagamentos e o Programa Nacional de Apoio às Microempresas.
Ambos os programas foram criados com a finalidade de dar suporte às micro e pequenas empresas durante a pandemia, para evitar uma falência maior de todo o setor. No entanto, alguns pedidos de falência não foram evitados.
Entre abril e maio deste ano houve um maior número de pedidos de recuperação judicial. Vale destacar que a recuperação judicial é um passo antes da falência e permite que a empresa continue com suas atividades por meio da renegociação de dívidas.
O especialista destaca que essa pode ser uma importante ferramenta para dar apoio aos empresários que podem tentar essa possibilidade antes de simplesmente decretarem falência.
Algumas empresas conseguem se recuperar
De acordo com o CEO, existem vários casos de sucesso de empresas que por meio da recuperação judicial conseguem se recuperar e retornar ao trabalho mais fortalecidas e com planejamentos muito mais bem alinhados.
No entanto, uma nova política restritiva por conta de uma nova onda de Covid-19, pode simplesmente cair como um raio em cima de diversos setores como o turismo, bares e restaurantes e outros comércios que dependem da venda física.
Portanto, cabe aguardar para saber até onde a vacina será capaz de mostrar a sua eficácia e até onde a ciência poderá se antecipar para evitar uma nova política restritiva que poderá gerar ainda mais desemprego no país.
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